quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

1820 e o Liberalismo III

A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Em 1811, as invasões francesas terminaram, mas o país ficou numa situação muito difícil:

a família real continuava no Brasil;

o Reino ficou mais pobre e desorganizado após as invasões;

os ingleses controlavam quase todo o comércio com o Brasil.

Era pois necessário expulsar os ingleses e obrigar o rei a regressar.

As ideias liberais, vindas de França, tinham cada vez mais adeptos.


Revolução de 1820


Em 1817, em Lisboa, regista-se a primeira conspiração liberal, chefiada pelo General Gomes Freire de Andrade. Descoberto, foi preso e enforcado.

Em 1818, forma-se no Porto uma organização secreta, o Sinédrio, com o objectivo de preparar uma revolução liberal.

O Sinédrio reunia burgueses do Porto (comerciantes, juízes, proprietários), entre os quais se destacava Manuel Fernandes Tomás. Também aderiram alguns militares.

No dia 24 de Agosto de 1820 deu-se a revolução.

A população do Porto aderiu com entusiasmo. Um mês depois, aderia Lisboa. A revolução espalhou-se então a todo o país. Os ingleses foram afastados e criou-se a Junta Provisional do Governo do Reino.

Esta Junta passou a governar e preparou as primeiras eleições para deputados às Cortes Constituintes, isto é, a Assembleia que tinha como função elaborar uma Constituição de acordo com as ideias liberais.

Em Setembro de 1822, as Cortes Constituintes aprovaram a 1ª Constituição Portuguesa.

D. João VI regressa do Brasil, com a família e a corte, assina a Constituição e jura respeitá-la.

Esta Constituição estabelecia:

a soberania da nação: o poder do rei devia submeter-se à vontade dos cidadãos, através do voto;

a separação de poderes: legislativo, executivo, judicial;

a igualdade e liberdade dos cidadãos face à lei.

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